segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Caça &Caçador




Poema de corpo de delito...

Certos poemas são como um soco...
Ninguém interpreta socos...
Os socos nos atingem,
E machucam...
Os poemas-socos são assim...
Têm o objetivo de ferir,
Deformar,
Derrubar,
Ninguém entende um soco...
Levamos socos,
Sentimos socos...
Às vezes,
Esse socos, poemas-socos,
são tão fortes que,
Quebram as mãos de quem os escreve,
Sangram os dedos de quem os desfere...
Há os poemas-faca...
Ninguém interpreta um poema-faca...
Ninguém entende uma facada...
Nós,
Simplesmente,
Somos esfaqueados...
As facas,
Furam,
Perfuram,
Invadem,
Cortam,
E pelos ferimentos,
Causados pelas palavras afiadas,
Dos poemas-facas,
Escorrem,
A seiva das almas...
Na maioria das vezes,
Os poemas-socos,
Os poemas-facas,
Chegam de surpresa,
Sem chance,
De qualquer defesa...


Xacal*



* Pra mim ,Xacal é um menino sensível, sonhador que não tem medo de bicho papão . Talvez...Ele só tema a ele mesmo...
* Para Edinalda, ele é um menino danado de precoce...

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2 comentários:

  1. bondade de vocês...eu tenho medo, mas não é de bicho-papão...e é claro, não sou mais um menino, mas às vezes ainda sou precoce...rsrsrs...

    beijo nas duas...

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  2. Ei, Xacal!
    Que belo texto! Entre o soco e a faca, está a Arte desse Xacal , com 'X'.E isso é o que conta.O resto vc deixe por conta de Anubis, tá bom?
    bjs, saudades, afetos da
    Maria Edinalda

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